Citações de grandes filósofos

"Bom mesmo é ir à luta com determinação,
abraçar a vida com paixão,
perder com classee vencer com ousadia,
porque o mundo pertence a quem se atreve
a vida é "muito" pra ser insignificante."

"Charles Chaplin"

quarta-feira, 30 de junho de 2010

Anjo negro amante das chamas



Correndo para encontrar-te
Seus braços fortes a acolheram
Sua boca ardia em chamas
Assim como seus corpos
Que por um momento foram apenas um.

Novamente dela, seu beijo dava-lhe tranquilidade
O amor explodia dentro do seu corpo
Pedindo a boca dela sem cessar

Em estado de paz por poder tocar-la
Seus olhos a conduziam ao céu
Acompanhada pelas estrelas, ela se via no paraiso
Suas curvas brancas e com aquela pele negra
Cantavam em uma so sintonia
E viajavam pelas nuvens

Aquele fogo arduo e inconsumível
se espalhava por todos os lados
Amantes de corpo e alma
Amantes estes que não evitavam o amor
e não fugiam do fogo nem das chamas descontroladas

As horas se passram e o adeus bateu a porta
Seu olhar como quem implora por mais um beijo
Não dava a ela a permissão de partir
Mas como toda historia que tem começo
O fim batera a porta
E ainda que o medo do adeus os tomasse por inteiros
A certeza de que voltariam a se encontrar
Era o sentimento que os confortava
Ainda hoje ela o ama
Ele talvez a queira como antes
O sucesso veio a ele
Mal sabe ele que daquela ultima noite
Crescera a mais bela prova de amor


Hoje o dia nasce claro como antes para ela
Pois a mesma certeza do reencontro
Ainda a acompanha para dar-lhe mais um motivo de felicidade
Pois mesmo distante aquele anjo negro
Estava com ela nos olhos do fruto de seu amor


Gabriela Guimarães de Souza

domingo, 13 de junho de 2010

VERDADEIRO BRASILEIRO

Este frio imenso! E eu estou aqui.
Meu único companheiro é este cobertor fino.
Olho as janelas das casas
E vejo fartura à mesa,
A lareira queima e aquece a casa.
E eu aqui, neste frio e com fome.

Agora estou no parque,
O frio se foi e este sol está me matando.
Aquela criança parece feliz.
Seu pai, atencioso, corre com ela pelo parque
Aquela moça lendo um livro e comendo um lanche
Na sombra de um guarda-sol,
Deve ser mãe dela.
E eu aqui, neste sol e com fome.

Agora que o sol se foi,
As gotas caem do céu e molham meu cobertor,
Preciso correr para não ficar doente.
Olhem aquelas pessoas com roupas quentes,
E ainda sim reclamando do que estão vestindo.
E eu aqui na chuva fria, com roupas rasgadas e com fome.

Eu daria tudo o que tenho para ser essas pessoas
Em um dia de chuva e frio,
Mesmo não tendo nada.
Ter duas refeições por dia
É o que preciso para ser feliz,
E eles desperdiçam a comida que me faz sobreviver.

Talvez a vida tenha sido injusta,
Mas, eu sim, sou o verdadeiro brasileiro,
Que apesar de ser excluído
E esquecido pela da sociedade
Luto pela sobrevivência
E não desisto nunca‼
Gabriela Guimarães

sábado, 12 de junho de 2010

Ódio



Por um instante confiei na sua capacidade
De ser alguém merecedor de uma amizade sincera.
Mas, sem dúvidas, meus sentidos
Faziam a observação certeira
Do seu caráter repugnante.

Conselhos que serviram de tapete,
Confiança que serviu como uma brecha de luz,
Onde você entraria e acabaria com minha felicidade,
Deixando um rastro de escuridão
E a sensação de que fiz tudo errado.

Porém, seu feito malévolo não deu muito certo
Sua mascara de doçura, caiu justo no fim da primeira fase do jogo.
Certamente eu fui infeliz,
Na tentativa de confiar em suas virtudes,
Naquela demonstração hipócrita de graça e sensibilidade.

Mas, a minha inteligência superou a sua.
Você veio de mancinho,
Mas eu fiquei parada prevendo seu ataque
E armando minha defesa.
E agora eu acabei com suas chances de recomeçar
E você esta eliminada do jogo.

Game over!!

Gabriela Guimarães

sexta-feira, 11 de junho de 2010

Liberdade



Com os braços abertos,
Dentro daquele barquinho
Um grito pulou para fora de mim
Como um grito de liberdade

A luz daquele entardecer era feérica
A sensação de presenciar aquele momento esplendido
Dava-me um espírito jovial
O sol beijava as águas do mar aberto
Era singelo e gracioso.
Tudo tão lindo.

A liberdade voava de dentro de mim
Os braços abertos me faziam como pássaros
Livres para cantarolar a alegria de viver
Um sorriso leve em meu rosto
Deu lugar às danças do vento
Que bagunçavam meus cabelos
Tudo tão lindo

E naquele instante
A virtude da minha alma floresceu magnificamente
O vento brincalhão corria
As ondas daquele mar de vida quebravam-se nas areia da praia
O sol se recolhia pouco a pouco para sonhar
E eu fazia das nuvens graciosas
O tapete de algodão que me levaram até o ponto mais alto
Para ver lá de cima como a liberdade é mirífica.


Gabriela Guimarães

quinta-feira, 10 de junho de 2010

Veneno da imortalidade



Da sua boca, nasce um sorriso
Que vem acompanhado de frases
Do seu olhar, extrai-se um texto
Seu andar melancolico, demonstra a calma.

Braços, dedos e pernas, muito magros
Magros, como de quem encontrou labirintos infinitos
E ruas sem saída na estrada na vida.
E quando mergulhava nos seus pensamentos
Sentiu-se acolhido pelos braços suaves de uma amada.

O manto do carinho o cobriu
Nas àguas da alegria foi banhado
Com seus braços quentes a amada o aqueceu
Seus corações ardiam em chamas domadoras de sentimentos

O veneno corria nas veias,
O veneno da imortalidade,
Que faria da realidade dos fatos
O sonho mais complexo e eterno

O coração mau da amada,
O transformava em um poeta amador
Um conto, uma história, um mito
A definição daqueles momentos
Era absurdamente indefinível.

Sabe-se dessa cumplicidade,
Que até hoje é permanente.
Seus lábios ainda ardem com as faíscas da paixão
A eterna poesia feita de fél
Nunca perderá sua intensidade fatal

Da sua boca ainda nasce um sorriso
Cheio de frases marcantes
Do seu olhar, extrai-se um texto ainda maior
Seu andar já não é tão melancolico
Pois nos seus conceitos agora,
Existe a cumplicidade da amada imortal.

Gabriela Guimarães

Noite de variações

Cercado de risadas, frases, letras e numeros e vozes
Posso ouvir o silencio e o vazio falarem alto.
Dentre essas sociedades,
Tantos personagens, tantas personalidades
E eu talvez seja o personagem mais oculto,
Talvez seja o personagem mais distante de ser igual a eles.

A aceitação vem de todos os lados,
Nem invisível eu passo despercebido,
Faço das noites Barulhentas
A calmaria do meu dia.

Estar entre tantos não significa que sou um deles,
Temos coisas parecidas, somos aprendizes da vida,
Porém não somos iguais.
Estar junto pode significar que estamos separados.
Olhares de descaso, calma, complexidade.
Olhares cansados, distantes, interessados.
Diversidade é o que mais se tem aqui.

As vozes discutem os fatos,
Surgem assuntos polêmicos, concordancia e descordia
Minha opinião não se encontra com as demais
Mas faço das noites barulhentas
A calmaria do meu dia.

O barulho cessa por um instante,
Dando espaço a voz calma da sabedoria,
Mas, vê um fio de luz e logo retorna.
Lá fora vejo a sutileza da noite calma.
Os vidros refletem aqui, o silencio do outro lado,
Vejo as gotas que iluminam durante a noite,
Iluminam os caminhos que seguimos para chegar no futuro.


No corredor da vida, o vento frio
Nas salas da compreensão, sentimentos variados.
Sentimentos de dúvida e curiosidade,
Sentimentos de incerteza e capacidade.

Aquela noite de variações
Se torna apenas mais uma entre tantas,
A história se repete a cada noite
Os personagens, os mesmos,
O barulho, as vezes até mais intenso,
Debates e discussões, perguntas e respostas,
Tudo sempre a mesma coisa.

Passado e futuro, estão no presente,
Hierarquia e Democracia são constantes.

Essas são minhas noites.
E quando o barulho cessa, já é hora de dormir,
Chegam os sonhos e tomam conta da história
Dando continuação à noite atordoada do meu cotidiano
Fazendo da noite barulhenta,
A calmaria do meu dia.

Gabriela Guimarães